Atos pró-democracia no Brasil são comparados às Diretas Já
O evento foi considerado simbólico para o momento polÃtico que o paÃs atravessa, com temores de uma possÃvel ruptura institucional após as eleições de outubro. O principal polo dos protestos foi o Largo de São Francisco, em São Paulo, onde está localizada a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, iniciou os discursos lembrando vÃtimas da ditadura. "Nós, da USP, perdemos vidas preciosas durante um perÃodo de exceção, as cicatrizes ainda são visÃveis, vidas que foram ceifadas pela repressão ou livre pensamento. Nesse perÃodo, perdemos 47 pessoas que eram parte de nossa comunidade, nós não esquecemos e não esqueceremos. Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade", disse o reitor.
Alguns analistas compararam os atos ao movimento das Diretas Já, em questão e simbologia, uma vez que o Brasil, atualmente, não vive uma ditadura. Um dos motivos da comparação foi o fato de os protestos reunirem setores de ideias tão distintas, como empresários e sindicalistas, em prol de uma mesma pauta.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que já havia chamado a Carta pela Democracia organizada pela faculdade de Direito da USP de "cartinha", ironizou a manifestação em sua conta no Twitter, destacando a queda no preço do diesel.
A queda é fruto da Lei Complementar 194, sancionada por Bolsonaro em 23 de junho deste ano. A lei é fruto do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, de autoria do deputado federal Danilo Forte (PSDB-CE). Ele foi aprovado pelo plenário do Senado em 13 de junho, por 65 votos a 12, retornou para a Câmara dos Deputados para apreciação, antes de ser enviado à mesa do presidente para ser sancionado.
Fonte: Sputnik e Brasil 247