Nota oficial da CUT sobre o resultado das eleições de 2018: A luta continua!
A Direção Executiva da
CUT, diante do resultado oficial das eleições presidenciais, aprovou a seguinte
nota, que deve ser amplamente divulgada para todos os trabalhadores e
trabalhadoras da base de cada um dos sindicatos afiliados.
A maioria dos
eleitores brasileiros acaba de entregar a presidência da República para alguém
que, ao longo de sua carreira política, sempre votou contra os direitos da
classe trabalhadora, se opôs às políticas sociais, votou a favor do
congelamento dos investimentos em saúde e educação, da entrega do pré-sal e das
reservas petrolíferas aos estrangeiros ofendeu e ameaçou militantes de
esquerda, as mulheres, os negros e os LGBTs. No entanto, quase a metade da
população votou contra o projeto que levará o Brasil ao retrocesso
político e civilizatório.
Ao
longo da campanha, os meios de comunicação foram utilizados diuturnamente para
atacar a candidatura popular. Os empresários pressionaram seus funcionários com
todo tipo de ameaças. O nome de Deus foi usado em vão. As redes sociais foram
inundadas de mentiras, numa estratégia articulada e paga por empresas com o
objetivo de difamar o PT e seu candidato, Fernando Haddad. O sistema
judiciário, além de ter impedido, arbitrariamente, a candidatura de
Lula, manifestou fraqueza e conivência ao não punir exemplarmente
aqueles que ameaçaram abertamente as instituições ou cometeram crime eleitoral.
A impunidade contribuiu para o aumento de atos de intimidação e violência
contra eleitores do PT e para o crescente clima de ódio que dividiu o país.
Enganam-se aqueles que
acharam que destruiriam nossa capacidade de resistência e de luta. O PT saiu
mais forte desse processo como a principal força de oposição ao governo de
recorte neoliberal e neofascista. A CUT e os movimentos sociais também se fortaleceram. Lula
e Haddad consolidaram-se como as grandes lideranças no campo
democrático-popular. A CUT manterá a classe trabalhadora unida,
preparando-a para a luta, nas ruas, nos locais de trabalho, nas fábricas e no
campo contra a retirada de direitos e em defesa da democracia.
O governo que
tomará posse no dia 1º de janeiro de 2019 vai tentar aprofundar o programa
neoliberal que está em curso desde o golpe contra a presidenta Dilma: a reforma
da previdência, a retirada de mais direitos, a continuidade das privatizações,
o aumento do desemprego, o arrocho salarial, o aumento do custo de
vida, a piora da educação e da saúde, o aumento da violência e da
insegurança. Além disso, vai tentar perseguir e reprimir
o movimento sindical, os movimentos sociais, bem como os setores
democráticos e populares em geral.
Temos
um enorme desafio pela frente. É hora de unidade das forças
democrático-populares para resistir. A CUT dará continuidade a sua
trajetória de luta e conclama suas bases a continuarem mobilizadas e
a resistirem a qualquer ataque contra os direitos e a democracia.
Viva a classe
trabalhadora brasileira!
Lula livre!
Vagner
Freitas - Presidente da CUT
Fonte: CUT