Parlamentares, políticos e internautas lamentam execução de tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu

Parlamentares, pré-candidatos, jornalistas e defensores de direitos humanos lamentaram neste domingo o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. Ele foi morto pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu a festa de aniversário da vítima armado e gritando palavras de apoio a Jair Bolsonaro (PL).

Em nota divulgada neste domingo (10), o PT homenageou Marcelo Arruda e prestou solidariedade à família do guarda municipal. "Mais um querido companheiro se foi nessa madrugada, vítima da intolerância, do ódio e da violência política", afirmou o texto.

O partido cobrou medidas das autoridades de segurança e do Judiciário para coibir "firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade". 

"Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos", diz o texto.

Marcelo Arruda foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pelo PT em 2020. No evento onde ocorreu o crime, ele comemorava 50 anos acompanhado de amigos e familiares. A celebração privada que foi invadida por Guaranho tinha temática decorativa petista. 

De acordo com testemunhas o bolsonarista não era conhecido por ninguém que estava no local. Ele gritava que todos os petistas deveriam morrer e que Jair Bolsonaro iria ganhar as eleições. 

Saiba mais: Bolsonarista invade festa com temática petista e assassina aniversariante em Foz do Iguaçu

Pelas redes sociais, candidatos, lideranças, militantes e internautas também prestaram solidariedade à família de Marcelo Arruda e repudiaram o ato de violência.

Relembre: Três anos sem Moa do Katendê: relembre a trajetória do mestre

Não é a primeira vez que a violência de apoiadores de Jair Bolsonaro faz vítimas no período eleitoral. Em outubro de 2018, um eleitor do então candidato assassinou o mestre de capoeira Moa do Katendê, após uma discussão em um bar por causa de política.

Moa do Katendê tinha 63 anos e foi executado com 12 facadas nas costas em um bar em Salvador (BA). Preso em flagrante, o autor do crime admitiu que decidiu atacar o mestre por causa do debate sobre as eleições. 

Edição: Sarah Fernandes

Fonte: Brasil de Fato