Brasil se tornará referência mundial em economia verde, diz Lula
Agência
Gov - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
assinou, nesta quinta-feira (14/9), o Projeto de Lei do Programa Combustível do
Futuro para criar um conjunto de iniciativas que promovam a mobilidade
sustentável de baixo carbono. O objetivo é ajudar o Brasil a atingir as metas
internacionais de redução das emissões de gases de efeito estufa.
Após assinar o
documento, Lula afirmou que o Brasil está diante de uma possibilidade única de
mudar o rumo de sua história ao reverter os danos provocados pela crise
climática e por crimes ambientais. "O mundo não tem outro remédio a não
ser trilhar o caminho da produção de combustível limpo. Neste aspecto, o Brasil
precisa decidir, não apenas pela lei, mas pela nossa vontade. Se a gente quer
realmente se transformar em uma grande nação, rica e soberana, a transição
energética que o mundo tanto clama é uma oportunidade sui generis para nosso
País", afirmou Lula.
Para Lula, o Brasil se
transformará num País muito importante para o planeta: temos água, solo,
tecnologia, a floresta amazônica, outros biomas, além de 30 milhões de hectares
de terras degradadas que serão recuperadas. "É isso que vai transformar o Brasil
em referência mundial para a economia verde. Seremos o maior produtor de
alternativas de combustíveis ", argumentou.
O dióxido de carbono (CO²) é o gás responsável por 60% do efeito
estufa, proveniente da queima de combustíveis fósseis, como carvão mineral,
petróleo, gás natural, além de queimadas e desmatamentos. Diante da necessidade
de fazer a transição energética, o projeto foi construído com ampla
participação de representantes de governo, indústria, associações
representativas dos vários segmentos relacionados ao mercado de combustíveis e
comunidade científica.
Depois da assinatura do
Executivo, o projeto tramitará no Congresso Nacional. Para segurança energética
e para a transição para um modelo sustentável, o Governo Federal destinará
R$600 bilhões em investimentos para o setor.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,
o projeto é uma prestação de contas do que o Governo Federal já fez pela
transição energética no País, de forma justa e inclusiva. "É o Brasil trilhando
a liderança de energias limpas e renováveis no mundo para salvar o planeta.
Lançamos o maior programa de descarbonização do setor elétrico do mundo, no
pulmão do planeta, na nossa Amazônia", disse Alexandre Silveira, que também
firmou o projeto.
O ministro avalia que
as medidas interministeriais permitirão desenvolvimento da indústria, geração
de emprego e renda, promovendo a descarbonização com menor custo para a
sociedade. Em sua fala, reforçou que o biodiesel, o diesel verde, o combustível
sustentável de aviação e a captura e estocagem de carbono são o combustível do
futuro. "Essa é a verdadeira transição energética para a economia verde",
completou.
A metodologia a ser
adotada é a de Avaliação do Ciclo de Vida completo do combustível (do poço à
roda) para avaliar as emissões dos diversos energéticos utilizados nos modais
de transportes, que inclui as etapas de geração de energia, extração, produção e
uso do combustível. Essa integração tem o objetivo de mitigar as emissões de
gás carbônico equivalente com melhor custo-benefício.
AVIAÇÃO SUSTENTÁVEL - A proposta também institui o Programa
Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que tem como
objetivo o incentivo à produção e uso do Combustível Sustentável de Aviação
(SAF, na sigla em inglês). Pela nova política, os operadores aéreos ficam
obrigados a reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 1% a partir de
2027, alcançando redução de 10% em 2037. Essa redução será alcançada pelo
aumento gradual da mistura de SAF ao querosene de aviação fóssil.
DIESEL VERDE - O PL
cria, ainda, o Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), que integra o esforço
para a transição energética e para a redução da dependência externa de diesel
derivado de petróleo por meio da incorporação gradativa do diesel verde à matriz
de combustíveis do País.
Para a definição do percentual obrigatório de adição ao diesel
fóssil, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) irá avaliar as
condições de oferta do produto, incluindo a disponibilidade de matéria-prima, a
capacidade e a localização. Além disso, o CNPE deve observar o impacto da
participação mínima obrigatória no preço ao consumidor final e a
competitividade nos mercados internacionais do diesel verde produzido
internamente.
ETANOL A ATÉ 30% -
Outro ponto importante é a elevação dos limites máximo e mínimo da mistura de
etanol anidro à gasolina. O texto altera o teor mínimo para 22% e estabelece o
percentual máximo em 30%, condicionado à constatação da sua viabilidade técnica.
A utilização de percentuais mais elevados faz parte da estratégia para elevar a
octanagem do combustível brasileiro, induzindo a um novo ciclo de
aprimoramentos dos motores de combustão interna. A medida é também relevante
pois o etanol contribui para a redução do preço da gasolina ao consumidor.
COMBUSTÍVEIS SINTÉTICOS - A proposta define, ainda, o marco
regulatório dos combustíveis sintéticos no Brasil, cuja regulação será
atribuída à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP.
Esse tipo de combustível vem sendo chamado mundo afora de "e-Fuel" e é uma das
iniciativas que vêm sendo adotadas para reduzir as emissões de gases poluentes
dos combustíveis de origem fóssil, contribuindo para o melhor desempenho
ambiental dos motores à combustão no contexto da transição energética, sem
necessidade de modificação de peças ou componentes.
ETANOL A ATÉ 30% -
Outro ponto importante é a elevação dos limites máximo e mínimo da mistura de
etanol anidro à gasolina. O texto altera o teor mínimo para 22% e estabelece o
percentual máximo em 30%, condicionado à constatação da sua viabilidade técnica.
A utilização de percentuais mais elevados faz parte da estratégia para elevar a
octanagem do combustível brasileiro, induzindo a um novo ciclo de
aprimoramentos dos motores de combustão interna. A medida é também relevante
pois o etanol contribui para a redução do preço da gasolina ao consumidor.
COMBUSTÍVEIS SINTÉTICOS - A proposta define, ainda, o marco
regulatório dos combustíveis sintéticos no Brasil, cuja regulação será
atribuída à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP.
Esse tipo de combustível vem sendo chamado mundo afora de "e-Fuel" e é uma das
iniciativas que vêm sendo adotadas para reduzir as emissões de gases poluentes
dos combustíveis de origem fóssil, contribuindo para o melhor desempenho
ambiental dos motores à combustão no contexto da transição energética, sem
necessidade de modificação de peças ou componentes.