No primeiro ano de Lula 3, preço dos alimentos fecha em queda no País
Um cenário inédito
desde 2017 se desenha no encerramento de 2023, com a queda nos preços dos
alimentos. A combinação de uma safra recorde, redução nos valores das
commodities agrícolas e uma desinflação global, além de políticas públicas do
governo Lula, contribuíram para uma situação há muito não observada. Segundo o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, o grupo alimentação no
domicílio apresenta uma diminuição média de 2,4% até novembro. Esta é uma
reviravolta significativa para as famílias com renda de um a cinco salários
mínimos, cujo orçamento é mais sensível às oscilações nos preços dos alimentos,
aponta reportagem do Globo.
Até novembro, o INPC registrou uma deflação de pouco mais de 1%,
refletindo quedas expressivas de 9,4% nas carnes e 6,8% nas aves e ovos. Este
movimento é especialmente relevante para a metade da população brasileira que
compõe a faixa de renda representada pelo INPC, onde a alimentação desempenha
um papel crucial no orçamento. O economista Luiz Roberto Cunha destaca que o
recorde na safra de grãos contribuiu para a oferta abundante de produtos como
soja, milho e feijão, influenciando positivamente nos preços de itens como óleo
de soja, carnes e frango.
Apesar dos ventos
favoráveis em 2023, os especialistas alertam para possíveis desafios no
horizonte de 2024. O fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas, é
previsto para afetar as lavouras brasileiras, podendo encarecer frutas,
legumes, verduras, carnes, frangos e ovos. Embora 2023 tenha proporcionado
alívio nos preços dos alimentos, há incertezas quanto à continuidade desse
cenário positivo. Os economistas preveem um retorno à elevação dos preços no
próximo ano, ressaltando a importância de estar atento aos possíveis impactos
do El Niño e outros fatores climáticos no setor agrícola.
Fonte: Brasil 247