Enfrentamento ao bolsonarismo nas redes sociais ganha força na Plenária da CUT
A reorganização da atuação sindical, proposta principal da 16ª Plenária
Nacional da CUT, que começou na quarta-feira (20) e vai até domingo (24), está
diretamente ligada à forma como o movimento sindical se comunica com os
trabalhadores, as trabalhadoras e com a sociedade.
Já antes dos debates, o projeto Mutirão de Formação em Comunicação -
Brigadas Digitais da CUT, apresentado formalmente aos delegados e delegadas
neste terceiro dia de debates da Plenária, já está atuando em todo o país,
enfretando de forma organizada e com argumentos efetivos o fascismo, o ódio e a
intolerância em curso, especialmente desde 2018.
"Estamos tratando da reorganização e de toda a estrutura da Central e
este processo só será completo se fizermos boas ações de comunicação nas redes.
E para isso, precisamos nos qualificar", afirmou o secretário de Comunicação da
CUT, Roni Barbosa, explicando o foco principal das Brigadas Digitais.
De acordo com o secretário, é necessário estabelecer um processo de
comunicação que faça as pautas dos trabalhadores e trabalhadoras chegarem, de
fato, até eles. É um processo de conscientização sobre o Brasil que vivemos e o
Brasil que queremos.
Na prática, as brigadas digitais,
iniciativa das secretarias de Formação e Comunicação da CUT, são grupos de
comunicadores que vão produzir e difundir esse conteúdo informativo à classe
trabalhadora e à sociedade. As informações, notícias etc, terão a finalidade de
fortalecer a luta contra os ataques aos direitos, à democracia, contra o
fascismo, e formar uma nova consciência de classe na sociedade.
Os meios digitais (redes sociais e aplicativos de mensagens) serão os
veículos de comunicação para a difusão desse conteúdo.
Durante a Plenária, o projeto foi apresentado aos mais de 950 delegados
e delegadas para reforçar a participação de todos no projeto.
A secretária de Formação da Central, Rosane Bertotti, explicou que o
projeto nasceu da necessidade de colocar a pauta do mundo do trabalho na
disputa do modelo de sociedade pretendida pelos movimentos populares - de
justiça social, direitos e igualdade.
O projeto está em fase de implantação nos estados com a organização das
brigadas em todo o país. Elas têm o objetivo de formar pessoas para serem formadores,
ou seja, multiplicarem o conhecimento, o que inclui criar grupos de comunicação
e, principalmente, como atuar nas redes sociais, compartilhando o conteúdo.
Rosane convocou os delegados a participarem do projeto. "Sejamos todos e
todas brigadistas da luta e organização da CUT", disse a dirigente.
O peso da comunicação na formação de
uma sociedade melhor
"Uma nova comunicação da Central para derrotarmos o fascismo e o
bolsonarismo no Brasil". Assim definiu a coordenadora dos trabalhos desta sexta-feira
na Plenária, a secretária adjunta de Administração e Finanças da CUT, Maria
Faria, sobre o projeto.
Para Roni Barbosa, o enfrentamento aos ´inimigos dos trabalhadores´ deve
ser prioridade no dia a dia. "As brigadas vêm para isso", ele diz, explicando
que reforçar a disseminação de informações pelos meios digitais é fundamental.
Ele estima que o projeto terá um grande corpo na comunicação até o ano
que vem. "Estamos juntando os mais de três mil sindicatos CUTistas para
reorganizar nossa comunicação. Teremos mais de 6 mil brigadas organizadas, com
mais de 60 mil pessoas fazendo esse trabalho", pontua o dirigente.
Teste
Para
demonstrar o potencial de alcance, uma primeira ação foi organizada pelo
secretário de Comunicação da CUT, que disponibilizou um card institucional da
Plenária e convocou a todos para que reproduzissem em suas redes sociais, como
WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter.
Roni Barbosa finalizou a
apresentação das brigadas digitais na Plenária reforçando que todos estarão
conectados pelo WhatsApp e ações cotidianas serão feitas a partir de agora.
"Faremos ações todos os dias, além de estarmos nas ruas para fazermos a defesa
da classe trabalhadora. Essa é a intenção das brigadas", concluiu o dirigente.
Edição: Marize Muniz
Fonte: CUT