CULTURA DA MANDIOCA: MODELO DE RESISTÊNCIA NO SEMIÃRIDO POTIGUAR

No estado do Rio Grande do Norte, a mandioca ganha relevância, principalmente, por sua tolerância às severas condições climáticas do semiárido, que abrange cerca de 85% do território potiguar (SEBRAE, 2006).

 Cultivar essa raiz para alimentação do homem ou dos rebanhos torna-se uma das poucas opções econômicas para muitos pequenos agricultores potiguares.

Estudar sistematicamente a cadeia produtiva da mandioca, pesquisando os problemas e apontando os fatores dificultadores de forma a favorecer sua consolidação como fator de crescimento e desenvolvimento, mais que o apoio a um importante segmento econômico, é o reconhecimento a uma cultura ancestral, que fortalece laços sociais e culturais de um povo.

 A cadeia produtiva da mandioca, com uma base agrícola em 99 municípios potiguares e abrigando centenas de casas-de-farinha no Rio Grande do Norte, abre novas perspectivas de geração de empregos, fornecendo alimento básico à população e produzindo fécula para mercados industriais estratégicos em expansão.

A condução da organização da cadeia se articula com as tendências verificadas no plano nacional que mobiliza o desenvolvimento do setor mandioqueiro: a crescente diferenciação de produtos, com as possibilidades de farinhas especiais; e as perspectivas para a utilização da fécula, como matéria-prima para diversos ramos industriais (papeleiro, têxtil, químico, alimentícios) e outros (SEBRAE, 2006).

 Além da destacada importância na alimentação humana e animal, as raízes de mandioca são também utilizadas como matéria-prima em inúmeros produtos industriais, sendo uma das mais importantes fontes de carboidratos para os consumidores de renda mais baixa em países tropicais da América Latina (EMBRAPA, 2011).

Nas fotos desta matéria, podemos observar a colheita da Mandioca produzida no Sítio do Agricultor Familiar e Dirigente Sindical, José Ivan Eduardo Sobrinho em Riachuelo, município distante 81,8 km de Natal/RN.

Parte do Texto desta matéria é de autoria de Richard Medeiros de Araújo e Sebastião Arruda Junior, do trabalho - CULTURA DA MANDIOCA: ESTUDO DE CASO NO AGRESTE POTIGUAR À LUZ DOS RELACIONAMENTOS INTER ATORES.

Fotos: José Ivan Eduardo Sobrinho