Em outubro, a pulverização indiscriminada de agrotóxicos perto das casas e plantações dos Kisêdjê os obrigaram a migrar de sua antiga aldeia para uma nova.
Suya se preocupa com a expansão do agronegócio e com a possibilidade de redução das terras. Ele teme os riscos do uso massivo e irregular de agrotóxicos na região:
"Eles pulverizam com avião, com muita intensidade e em grande quantidade. O povo desde 2005 vem enfrentando esse problema", comenta Suya, "a gente tem medo disso prejudicar a nossa saúde. A gente pode ficar doente", continua.
Ela conta que desde 2010, após um conflito violento com um fazendeiro da região, sua comunidade vive em estado permanente de alerta.
Tanto o indÃgena como a quilombola entendem que o respeito aos direitos territoriais está intimamente ligado à preservação ambiental e a práticas de produção mais sustentáveis e saudáveis de alimentos.
Winti Suya e Fátima Barros participam do "I Seminário Internacional - III Seminário Nacional: Agrotóxicos, Impactos Socioambientais", realizado na Cidade de Goiás (GO). O evento tem o objetivo divulgar trabalhos cientÃficos nacionais e internacionais sobre o tema e conecta os impactos dos agrotóxicos à s violações aos direitos humanos.