Bolsonaro nunca mais é a palavra de ordem das mulheres nos atos deste sábado (4)
Os movimentos e
coletivos feministas, centrais como a CUT e a CTB e partidos políticos como PT
e PSOL realizam no próximo sábado (4) mobilizações em todo o Brasil pelo
impeachment de Jair Bolsonaro (PL), contra a fome, a miséria e o machismo.
O
mote é "Bolsonaro Nunca Mais!". E razões para isso todas têm de sobra. Além de
ser um péssimo gestor, que colocou a economia do país no buraco, com altas
taxas de desemprego e inflação, aumento da fome e da miséria, Bolsonaro é o
presidente mais machista da história do Brasil.
Para
as mulheres da CUT a luta contra a fome e a miséria são centrais, urgentes e
inadiáveis e pressupõem a saída de Bolsonaro da Presidência da República.
"Não
dá para ver pessoas passando fome e não reagir exigindo medidas urgentes,
políticas e investimentos públicos que gerem emprego e renda", diz a secretaria
das Mulheres da CUT, Juneia Batista, ressaltando que até agora este governo não
apresentou nenhuma medida neste sentido, que todas foram de ataques aos
direitos sociais e trabalhistas.
"O
golpe e a perseguição do ex-juiz Sérgio Moro ao ex-presidente Lula, que ajudou
a eleger esse monstro, fizeram o Brasil andar anos luz para trás, deixamos de
ser a 7ª economia do mundo e hoje vemos até pessoas desmaiando de fome nas
filas do SUS, como li ontem em um Portal", acrescenta a dirigente se referindo
a reportagem do TAB, do UOL, publicada nesta segunda-feira
(29).
29
organizações assinam o chamado para o ato: a Articulação de Mulheres
Brasileiras (AMB), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento Negro
Unificado (MNU), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União
de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), as mulheres do Partido dos
Trabalhadores (PT), do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), do Partido
Comunista do Brasil (PCdoB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da
Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB).
Inspirada
na campanha #EleNão, que realizou massivos atos feministas contra Bolsonaro no
período eleitoral em 2018, a mobilização atual realizou, como processo
preparatório, uma plenária online no dia 23 de novembro. Houve a participação
de 470 pessoas de diferentes partes do país.
De
acordo com Sonia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista e da MMM, entre as
cidades com o ato já confirmado figuram, ao menos, Recife (PE), Natal (RN),
Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), São
Paulo (SP), Campinas (SP), Santos (SP), Brasília (DF), Sergipe, Palmas
(TO), Rio de Janeiro e Mossoró (RN).
"É importante a gente tirar o Bolsonaro, nem que seja um dia antes dele terminar o governo dele", afirma Sonia, para quem "é impossível continuar convivendo com um governo que destrói vidas e direitos todos os dias".
Fonte: CUT