CUT convoca mobilização popular para este sábado (3) pelo Fora, Bolsonaro
A Executiva Nacional da CUT divulgou nota nesta segunda-feira (28)
convocando trabalhadores e trabalhadoras e toda a sociedade para, com todos os
cuidados necessários, como uso de máscaras e distanciamento social, participar
do dia de mobilização organizada pela Campanha Fora, Bolsonaro marcada para o
próximo sábado, dia 3.
Os dirigentes analisaram as mobilizações populares organizadas pela
Campanha realizadas nos dias de 29 de maio, que 420 mil pessoas em 213
cidade brasileiras e 14 no mundo, 19 de junho, que reuniu mais de 750 mil
pessoas em quase 450 cidades do Brasil e do mundo.
Para eles, a adesão cada vez maior da população aos atos indica
aumento da indignação dos brasileiros e brasileiras contra o governo de Jair
Bolsonaro (ex-PSL) não só pela falta de ações concretas no combate à pandemia
do novo coronavírus, mas também, como mostrou a CPI da Covid no Senado, descaso
com denúncias de corrupção, que reforçou o texto do superpedido de impeachment
do presidente, que será entregue na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira
(30).
Leia mais:Denúncia de corrupção reforça superpedido de impeachment e atos
contra Bolsonaro
"Os fatos expostos pela CPI da Covid no Senado Federal, na última
sexta-feira (25/06), vêm acrescentar à já conhecida incompetência do governo
Bolsonaro e negação das recomendações da medicina e da ciência o ingrediente da
corrupção na compra das vacinas, tornando ainda mais urgente a denúncia e a
mobilização popular para dar fim a esse descalabro", diz trecho da nota da
Executiva Nacional da CUT.
Por isso, além do ato já marcado para o dia 24, os organizadores da
campanha decidiram marcar o "#3JforaBolsonaro e reforçar o superpedido de
impeachment com as novas denúncias feitas pelos irmãos Miranda - o
servidor público do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, e o
deputado Luís Miranda (DEM-DF) - de irregularidades na compra da vacina
inidiana covaxin. Eles disseram que avisaram Bolsonaro antes da assinatura do
contrato com a farmacêutica, mas ele nada fez.
"Não podemos, portanto, planejar a inadiável luta pelo fim do governo
Bolsonaro como se esses elementos não existissem. A mobilização massiva, nas
ruas, em meio a uma pandemia é um recurso extraordinário e que deve ser
utilizado com cautela e atenção redobrada às orientações de segurança
sanitária", conclui a nota da Executiva Nacional da CUT.
A Campanha #ForaBolsonaro é formada pelas frentes Brasil Popular e Povo
Sem Medo e pela Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades,
entre elas a CUT, o Movimento dos Trabalhadores Sem terra (MST), a União
Nacional dos Estudantes (UNE), a Central dos Movimentos Populares (CMP) e a
Uneafro Brasil.
Confira a íntegra da nota
Orientações da Executiva Nacional da CUT para os atos de 03/07 - Fora,
Bolsonaro
Prezados companheiros/as,
A CUT é uma das impulsionadoras da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, a
partir de sua participação junto às Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e ao
Fórum das Centrais Sindicais.
As mobilizações de 29 de maio e 19 de junho, convocadas pela Campanha
com o apoio e participação da CUT, foram vitoriosas. Ampliamos a participação,
multiplicamos o número de atos e nos conectamos ao sentimento de indignação
popular com a trágica marca de meio milhão de mortes por Covid-19 no Brasil,
atingida em 19 de junho, e que poderia ter sido evitada, se houvesse
planejamento e vontade política por parte do governo federal.
Ambas as mobilizações foram marcadas pelos cuidados dos participantes
com os protocolos sanitários - o uso de máscara e álcool em gel - e pelo
esforço geral de se evitar aglomerações, na linha do que orientamos aos
trabalhadores e às trabalhadoras que optaram por comparecer aos atos. As redes
sociais também foram importantes espaços de manifestação, em especial para quem
optou por não ir às ruas. Desde então, as redes vêm dando sucessivas
demonstrações de uma intolerância majoritária ao governo de Jair Bolsonaro.
Como reafirmamos em Nota da CUT divulgada
no último dia 19, "esse governo não pode mais continuar dirigindo esse país. Os
trabalhadores e trabalhadoras e o povo brasileiro não podem mais aceitar que esse
genocídio continue. Que a fome e a miséria aumentem ainda mais. Conclamamos os
parlamentares, os movimentos sociais, populares e democráticos a exigirem que o
Congresso Nacional dê início ao processo de impeachment do presidente da
República para pôr fim a esse governo, que é o único responsável pelas mais de
500 mil mortes que alcançamos hoje".
Os fatos expostos pela CPI da Covid no Senado Federal, na última
sexta-feira (25/06), vêm acrescentar à já conhecida incompetência do governo
Bolsonaro e negação das recomendações da medicina e da ciência o ingrediente da
corrupção na compra das vacinas, tornando ainda mais urgente a denúncia e a
mobilização popular para dar fim a esse descalabro. Por isso, em decisão
unânime, a Campanha Fora Bolsonaro definiu pela adição ao seu calendário de um
novo dia de mobilização no próximo sábado, 3 de julho. (
#3JForaBolsonaro).
A CUT se somará a essa mobilização, assim como já esteve presente e
ajudou a organizar os atos de 29 de maio e 19 de junho. Seguiremos impulsionando
a campanha e as demais datas de nossa agenda unitária de lutas, a exemplo da
entrega do "superpedido" de impeachment nesta quarta-feira, 30, na Câmara dos
Deputados, em Brasília.
A ampla unidade que sustenta a Campanha Fora Bolsonaro está baseada na repulsa
a esse governo criminoso, na defesa do SUS e da vacinação para todas as
pessoas, na luta contra a fome e a carestia em defesa de uma política de
empregos e do auxílio emergencial. Os acontecimentos e a participação nas
manifestações têm demonstrado a relevância e o caráter estruturante das lutas
contra o racismo, pelos direitos dos povos indígenas, em defesa dos serviços e
empresas públicas e da impessoalidade na administração pública, atacada pela
reforma Administrativa e pelas privatizações do governo Bolsonaro.
Compreendemos, no entanto, que o país permanece sob as graves
consequências de uma pandemia e convive com a perda de quase 2 mil vidas pela
Covid-19 todos os dias. Não podemos, portanto, planejar a inadiável luta pelo
fim do governo Bolsonaro como se esses elementos não existissem. A mobilização
massiva, nas ruas, em meio a uma pandemia é um recurso extraordinário e que
deve ser utilizado com cautela e atenção redobrada às orientações de segurança
sanitária.
Veja abaixo o Calendário da CUT:
·
30 de junho - Entrega do "superpedido" de impeachment na Câmara dos
Deputados
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30 de junho - Reunião do Fórum das Centrais Sindicais
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01 de julho - Reunião da Direção Nacional da CUT
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01 de julho, 18h - 5ª Plenária de Organização das Lutas Populares
(Inscreva-se: http://linktr.ee/campforabolsonaro)
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03 de julho - Dia de Mobilização por Fora Bolsonaro
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06 de julho, 9h30 - Reunião do Coletivo Nacional da Frente Brasil
Popular (participam representantes das organizações nacionais e das Operativas
estaduais da FBP)
·
24 de julho - Dia Nacional de Mobilização
São Paulo, 28 de julho de 2021.
Executiva Nacional da CUT