Governo Bolsonaro usa foto de homem armado para ´´homenagear´´ Dia do Agricultor
Um dia que deveria ser
de homenagens aos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura, responsáveis
por colocar na mesa dos brasileiros 70% dos alimentos consumidos no país, o
presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), mais uma vez, afronta a dignidade da classe
trabalhadora e o respeito à vida.
Para
"homenagear" o Dia do Agricultor comemorado nesta quarta-feira (28), a
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República publicou
uma imagem de um homem armado em sua conta no Twitter.
A
foto foi retirada do banco de imagens iStock, que é pago. Neste site, a foto
tem a seguinte a descrição: "Silhueta de caçador carregando espingarda no
ombro e observando". Outro site de imagens o Dreamstime também é possíve
ver a foto. Compare:
A "fraude" foi
descoberta por um internauta que respondeu ao tuíte do governo chamando a
atenção para a fraude.
Política armamentista
Bolsonaro nunca escondeu
seu desejo de armar a população, defende o agronegócio e tenta atacar com a
polícia e as Forças Armadas movimentos sociais e de sem-terra, que tomam posse
de terras improdutivas que só enriquecem grileiros, que nada produzem.
Em
novembro de 2019, Bolsonaro disse que enviaria ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de
criação da Garantia da Lei da Ordem (GLO) das Forças
Armadas, ou uma GLO/Rural, para fazer o que, segundo ele, os governadores não
estão fazendo quando a Justiça determina desocupação de uma área.
Atualmente, as missões de GLO só ocorrem por tempo limitado em situações em que
a polícia não consegue controlar.
A
sua política armamentista, publicou o site G1, fez o Brasil dobrar o número de
armas nas mãos de civis. Em 2017, segundo a Polícia Federal, o Sistema Nacional
de Armas (Sinarm) contabilizava 637.972 registros de armas ativos. Ao final de
2020, o núm ero subiu para 1.279.491 - um aumento de mais de 100%. As mortes
violentas também subiram. No ano passado 50 mil pessoas perderam a vida de
forma violenta, um aumento de 2.291 mortes (5%) a mais em relação a 2019.
Esses
são resultados da sua política de armar a população. No ano passado o governo
federal flexibilizou os limites para compra e estoque de armas e
cartuchos, subindo de quatro para seis o número máximo de armas de uso
permitido para pessoas com Certificado de Registro de Arma de Fogo.
Um
outro decreto deu permissão para que caçadores registrados comprem até 60 armas
e os atiradores passaram a poder comprar 30 armas, sem necessidade de
autorização expressa do Exército. Esta oportunidade fez aumentar em 43%.
Em um ano subiu de 200,1 mil (2019) para 289 mil, em 2020.
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Com informações do G1
Fonte: CUT