CUT e centrais definem auxílio emergencial e vacina como eixos estratégicos em 2021
Vacina já para todos e
todas, manutenção do auxílio emergencial, proteção social, mais empregos,
campanhas de solidariedade e fortalecimento da organização sindical e de
negociação coletiva são os cinco eixos centrais da CUT e demais centrais
sindicais para ação e mobilização unitária no ano de 2021.
A
decisão do Fórum das Centrais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB) foi
tomada pelas entidades nessa terça-feira (5), por videoconferência, e publicada
no documento "Vacina, proteção e mais empregos: diretrizes para a ação sindical
unitária", divulgado nesta quarta-feira (6).
"Essa
agenda deve ser mobilizadora da ação sindical em todos os níveis, na
interlocução com prefeitos recém-empossados, com governadores e
empresários, assim como na articulação com os movimentos sociais e
populares, e com as entidades da sociedade civil", afirma o Fórum no documento.
As
entidades também definiram dar especial atenção ao processo de eleição da
presidência da Câmara dos Deputados e do Senado que ocorrerá no dia 1º de
fevereiro. Os candidatos das duas Casas receberão imediatamente as diretrizes
unificadas do Fórum.
Crise e os impactos no
trabalho
O
debate se deu em torno de soluções para a crise que coloca em risco a vida, a
saúde, os empregos, a renda do trabalho e a proteção social, de todos os
trabalhadores e trabalhadoras e, com maior gravidade os mais vulneráveis.
Também
foram debatidas as dificuldades deflagradas a partir da escandalosa supressão
de direitos ocorrida na reforma Trabalhista, de 2017, e que impõe severas
dificuldades e restrições às entidades sindicais em sua função elementar de
exercer a defesa da classe trabalhadora.
Vacina e o desrespeito
Segundo
os representantes das entidades sindicais, as crises econômica e sanitária são
agravadas pelas estarrecedoras práticas do governo Bolsonaro que destrói
políticas, programas e organizações públicas em todas as áreas, inclusive na
área da saúde.
"O
país está cada vez mais atrasado na implantação da vacinação por deliberada
irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL). Seus péssimos
exemplos só fazem aumentar as cenas de desrespeito de muitos aos cuidados e
protocolos de segurança sanitária", diz trecho do documento publicado após a
reunião do Fórum das Centrais.
Auxílio emergencial e
reação
As
entidades também ressaltaram que o fim dos auxílios emergencial e de proteção
dos salários e emprego, a partir de janeiro, serão dramáticos para milhões de
trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias, com o aumento da pobreza e da
miséria.
Para
o Fórum, o fim do governo Bolsonaro significa sepultar esses desmandos e a
destruição de tantas políticas, programas e organizações públicas que o país
levou décadas para construir, assim como impedir o obscurantismo que vem
prevalecendo como forma de governo.
"Conclamamos
todo o movimento sindical brasileiro para a unidade de ação em torno dessa
agenda, para o fortalecimento da luta dos trabalhadores desde os sindicatos e
para um movimento de inovação que recoloque a centralidade do mundo do trabalho
na formulação de um novo projeto nacional de desenvolvimento", diz trecho final
do documento.
Leia aqui o documento
na íntegra:
Fonte: CUT