Trabalhadores defendem barrar o golpe de Bolsonaro e garantir a Democracia
As centrais sindicais
abaixo assinadas repudiam a escalada golpista liderada pelo presidente Jair
Bolsonaro.
Sua participação em um ato em defesa da volta do famigerado AI-5, do fechamento
do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, e pela da ruptura da ordem
democrática, prevista na Constituição de 1988, foi mais um episódio grotesco
desta escalada.
Isolado e crescentemente descontrolado que está, provocou, novamente, o seu
show de horrores em relação ao necessário isolamento social e de bravatas que
afrontam a democracia e colocam o paÃs numa situação ainda mais dramática
diante da pandemia que nos assola, e que já contabiliza mais de 30 mil
contaminados e nos aproxima dos três mil mortos.
Seguindo o mau exemplo de Bolsonaro, atos semelhantes ocorreram hoje em
diversas cidades brasileiras, mesmo em meio a quarentena para prevenção da
disseminação do coronavÃrus.
Bolsonaro, mais uma vez testa os limites do seu cargo e os limites das
instituições democráticas. Ele avança, com suas extravagâncias, onde não
encontra resistência. Se esta resistência não vier, até onde irá a
irresponsabilidade do presidente? Onde vamos parar? Uma contundente resposta
faz-se urgente e necessária.
Importante frisar que, além de sua postura irresponsável, ele nada oferece aos
trabalhadores. A dura realidade do Brasil de Bolsonaro é que os brasileiros,
que já vem sofrendo perdas de direitos desde 2017, agora sofrem redução
salarial de 30% por conta das medidas de suspensão do contrato de trabalho e
redução de salário, instituÃdas pela MP 936.
Neste grave contexto as centrais sindicais chamam os lÃderes polÃticos e da
sociedade civil, os representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, das
instituições, bem como a todos os democratas, a cerrarem fileiras na defesa da
Democracia para barrar os planos do atual Presidente de impor um regime
autoritário e repressivo.
Não ao golpe de Bolsonaro!
Viva a Democracia!
São Paulo, 19 de abril de 2020
Sérgio Nobre
- Presidente da CUT
Miguel Torres - Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo - Presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil
José Calixto Ramos - Presidente da NCST - Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto - Presidente da CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros
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Fonte: CUT